
Cá estou escrevendo
as primeiras linhas do meu diário eletrônico... Sim, esse esconderijo anônimo,
sem fotos pessoais, sem compartilhamento nas redes sociais, apenas um espaço
para desabafar, contar coisas que não dá pra falar e confessar segredos que
ninguém precisa saber. Ou melhor, ninguém vai querer saber. Decidi registrar os
meus passos aqui para imortalizar um pouco a minha história. Não sei se começo
a contar a minha vida desde 1988 até 2020... Ou se sigo daqui pra frente, até
sabe-se lá quando...
Hoje é 21 de julho
de 2020. A vontade de escrever nasceu ontem. Foi o dia do amigo. Sim, aquele
dia também onde os cínicos saem da toca. Ou melhor, que só lembra da gente quem
tem Facebook. Ou WhatsApp. Que tempos, gente? Vivemos presos nas garras das
redes sociais. E isso consome nosso tempo. E afoga nossas amizades.
Mas nem tudo está
perdido... Às 23h 08min, da data de ontem, um amigo muito querido, e se duvidar
o único que tenho, mandou uma mensagem privada pra mim no Instagram. Mas foi
tão honesto e direto, que acredito ter sido apenas eu que recebi. Talvez mais
gente também. Enfim, isso não me interessa também. O importante é que eu fui
lembrado por um amigo de verdade. E olha, vou confessar, uma amizade com tantos
contras. Mais contras que prós, na verdade. Duas pessoas completamente
diferentes. Com visões de mundos diferentes. Com gostos e preferências antagônicas.
Talvez isso nos uniu, sabe?
Eu homossexual, ele
heterossexual. Eu vegano, ele onívoro. Eu esquerdistas, ele direitista. Eu ateu,
ele evangélico. Enfim... Até hoje acho essa amizade de outro planeta. Não
existe na terra algo parecido. São dois amigos completamente diferentes que são
muito próximos. Dá uma vontade de um estar na presença do outro. Isso é tão
maravilhoso e bacana. E saber disso, num dia onde a maioria vai por impulso,
compartilhando montagem pronta, dá um baita alívio.
Se me mandaram “feliz
dia do amigo”, não vi, nem li, e muito menos vou responder. Amigo a gente sente
que existe. Não precisa ser lembrado por uma data especial. Que bobagem isso de
romantizar a amizade no calendário. Acho isso tudo um saco. Sério mesmo. Uma
verdadeira falta do que fazer. Pronto. Falei.
Mas, como sempre tem
um lado bom, em cada coisa não tão boa assim... Eu resolvi me afastar,
voluntariamente, das redes sociais. A gente perde tempo demais, sabe? E tenho
outras metas de vida. E quer saber? Só me importam agora minhas atividades
físicas, meus estudos para concurso público e meu trabalho. O resto é resto.
Até tive uma
brilhante ideia: vou fazer dessa tríade meu mantra. Correr, estudar e trabalhar.
Quer coisa mais fofa para se fazer na vida que isso?
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