#010... o veneno da ilusão

Cá estou em plena madrugada de sábado. Ou melhor, numa fria e gelada noite. Estrelas no céu, sinal de sol e dia bonito amanhã. Mas... Hoje tô bastante reflexivo. E bem confuso, sabe?

Triste seria a palavra chave. Bom, acordei depois do meio-dia. Logo, já era dia quando resolvi sair da cama. Mas ânimo e iniciativa são inimigos da preguiça. Nesse rola e enrola deitado, perdi mais algumas horas.

Hoje meu dia foi sem apetite. Para comida alguma. O arroz com feijão não tinha sal. Nem o macarrão com molho italiano importado fizeram algum sentido. Tentei me animar. Saí pra fazer uma caminhada leve e pedalar. Mas onde estava o sentido destas atividades? Em algum lugar que até agora não descobri.

Tentei conversar com algumas pessoas. Mas todas estavam ocupadas. Um amigo me mandou foto do seu belíssimo almoço. Outra amiga não atendeu minha chamada. Mas assim, vi que ninguém tinha tempo sobrando. E eu, por acaso, tinha? Sim. Um sábado lindo pela frente. Mas não consegui enxergar isso.

Daí um devaneio louco me atormentou o dia inteiro. Sabe quando a ilusão de conhecer alguém te faz pensar um monte de coisas que jamais serão realidade? É. Mas a merda toda foi pensar que esta pessoa sentiria algo por mim. Que nada! Pura coisa da minha cabeça. Mas assim, parte da minha energia foi desperdiçada nisso.

Quando anoiteceu, era só debaixo das cobertas que encontrava um alento. Chorar? Depois desse texto acho que vou deixar umas lágrimas escorrer. Mas é um sentimento tão doido esse de fantasiar com alguém, algo que nunca vai acontecer.

Bom, se minha meia-maratona e a alegria de uma sexta-feira tivesse se prolongado pelo sábado, quem sabe, hoje eu estaria feliz. Mas vem um domingo por aí. Ah, se vem. Quero outros ares.

Jamais se iluda com alguém. E se a pessoa quer apenas te usar, afaste-se, antes que seja tarde. Aprendi com dor, mais uma vez, a deixar de ser idiota!

Comentários