#011... o triste encanto dos amores impossíveis

Estou super dependente de um cara casado, com dois filhos, de outro estado e de outra cidade.

Ele me deu boa noite e pediu uma cerveja. Eu estava no meu horário de trabalho, não gosto de álcool, mas topei uma prosa. Assim, começamos a conversar. Ele me contou de coisas do trabalho. Um peão de obra civil. Me contou do serviço, dos desafios de morar longe da sua casa e das impressões que alimentou em Porto Alegre durante os últimos tempos.

Sem mais, puxou uma mesa e começou a beber. Eu, aproveitei para puxar uma cadeira. Nesse instante, passamos a nos conhecer melhor. Ele com aquele jeito de caipira, falando com sotaque do interior e super animado para uma sexta-feira. Ele me contou que sente saudades dos filhos, mas da mulher não. Disso começamos a conversar sobre sua terra natal. E eu comecei a questionar sobre a relação dele com a mulher, com a qual é casado há 12 anos.

“Eu sou casado lá. A casa a gente respeita. Por causa das crianças. Mas do lado de fora, é cada um por si. Eu tenho uns “contatinhos”. Daí saio com a vizinha. Se ela quer dar, o problema é dela. Mas nos damos bem por causa dos filhos.”

Neste instante comecei a fantasiar como seria a vida de um homem casado, longe de casa durante dias e com tantas possibilidades em outro lugar. Algumas pistas alimentaram algumas desconfianças. Pois é, aquelas calças coladinhas, aquele papo de que não sente falta da mulher, aquele perfil do Grindr com 1 metro de distância. Entende o contexto que construí?

Ele bebeu um litro de cerveja sozinho. Foi ao banheiro diversas vezes. Mas antes de subir, pediu meu WhatsApp. Claro eu dei. Mais um contato pra conversar. O que tem né? Surpreendentemente, ele ainda não havia tirado a roupa do trabalho. Estava com a farda de peão. Aquela roupa com cheiro de cimento e suor. Com o perfume natural do homem quando fica com cheiro de asa. Algo mexeu comigo naquele homem. Aquele jeito de colono me deixou tão curioso!

Deu uns 10 minutos da despedida dele, recebi uma mensagem no WhastApp. Era ele me dando boa noite acompanhado de uma foto completamente nu.

Caracas! Mas como assim, isso tá acontecendo? Sim. Bom, elogiei aquele pau lindo. Era uma neca relativamente grande. Uns 17 cm. Jamais imaginei que ele fosse me retribuir assim. Ele me pediu se eu queria fazer oral. Pra quê? Nos encontramos e aconteceu.

Isso ficou entre nós. Segredinho jamais revelado. Ele me elogiou pela “gulosa”. Isso foi num dia.

No outro, estava muito inseguro, sabe? Sei lá onde que iria dar essa coisa toda. Comecei a olhar o WhatsApp a cada minuto. Eu precisava que aquele homem entrasse em contato comigo. Passei a cuidar quando ele havia visualizado pela última vez o app. E assim, se seguiram os dias. Vários. Vi um sábado, um domingo, uma semana inteira, sem nenhuma troca. Nem “oi”. Esse vácuo começou a me machucar. Passei a criar expectativa de que a gente se encontraria novamente. Minhas mensagens passaram a não ser respondidas. Bom, isso foi uma constante.

Ele sempre lindo, gostoso, cheio de tatuagens, aquele macho com a camiseta do São Paulo que me tirava o ar quando a gente se encontrava. Ele era o típico macho que eu sinto atração. Um tesão lá de dentro. Era só com masturbação que eu me aliviava pensando nele.

Essa tortura completou uma semana. Se quiserem saber? A última postagem deste blog se refere ao exato momento em que eu havia bloqueado esse infeliz. Analisando as circunstâncias, o erro foi meu desde o começo. Talvez, para ele era apenas uma experiência porque estava longe da mulher. Mas para mim foi uma promessa de algo que poderia acontecer. Foi uma ilusão criada na minha cabeça. Jamais imaginei que tudo fosse terminar assim.

A gente se encontrou algumas vezes depois. Salvei ele de algumas situações. Desbloqueei ele. Ficamos outra vez. Mas agora tá cancelado de vez. Que coisa difícil de apagar da memória, né? Aliás, tentar esquecer, já é lembrar. Enfim... Tomei um chute na bunda quando pedi se ele queria sair comigo. Me disse que já tinha saído com outra pessoa. E assim, acabei com meu fim de semana. Mas analisando tudo que aconteceu, o erro é meu. Desde o começo. Há amores impossíveis, platônicos e passageiros.

Queria que ele fosse como o cara que a minha cabeça imaginou. Romântico, afim de algo além de sexo, parceria para um passeio ou simplesmente aquele filme debaixo das cobertas. Mas nada disso. Ele gosta de churrasco, cerveja e mulher. Sem contar o futebol.

E quem é o trouxa disso tudo? Prazer, sou eu.

*fatos reais, não é invenção. Tô bem mal...

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