#019... VAI PASSAR

E vamos lá, para a sessão de descarrego. Ou melhor, colocar pra fora tudo que tá contido, engasgado e trancado.

Quando o outro não tem tempo para você, ele não merece tua atenção. É questão de escolha e prioridade. Quando o teu interesse pelo outro for maior que o dele por ti, quando um convite para jantar ou viajar rolar apenas porque uma outra pessoa não quis, quando pequenos gestos de agrado não gerarem sequer uma foto, é sinal de que você não passa de uma opção.

No domingo passado, me dei conta de que estava muito carente, sabe? Eu só precisava de um abraço. E criei expectativas demais em outra pessoa. Não devemos esperar que o outro segure a nossa barra. Por isso jurei que nunca mais na minha vida vou esperar por atenção e carinho de alguém. Na ausência do outro, no momento mais solitário da semana, onde ninguém é testemunha da mais profunda tristeza, nem do choro mais sincero do mundo, encontrei forças para tomar um banho, lavar a cara e seguir em frente.


A semana foi muito pesada mesmo. Questões de saúde em família bem delicadas, no trabalho aumento de tarefas e desgaste com colegas, além do pagamento de contas e falta de grana.

Ufa! Chegou então à sexta-feira, né?!


Saí de casa perto da uma da tarde. Subi na bicicleta como se estivesse a bordo de um ônibus espacial em direção à lua. E fui por aí. De Lajeado até Arroio do Meio para visitar minha mãe que está no hospital em plena recuperação. Às vezes a gente subestima as pessoas, achando que elas estão “bem” só por sorrirem ou por “parecer” normal. Só que a vida não é assim. E percebo ao meu redor que tem muita gente pra baixo, depressiva, com tristeza, precisando conversar. Sim, estas pessoas existem e são importantes, mas nem sempre conseguiremos ajuda-las.


Sou uma pessoa muito sensível. Certas palavras dos outros me machucam, às vezes. Felizmente sou muito profissional no meu trabalho e consigo ter equilíbrio emocional. Quando um colega de trabalho é estupido, grosseiro e prepotente com o outro, o problema é dele. Não é algo que eu possa resolver. O que não está ao meu alcance é problema do outro. Imagina se eu fosse corrigir cada atitude negativa e deselegante de alguém? Não tenho tempo, nem paciência pra isso.


Ahhhhhhh, dinheiro! Aprendi a fazer de um limão uma limonada. Minha renda mensal gira em torno de 3 salários mínimos, mas quando os boletos chegam, vejo a grana praticamente sumir. E assim, mês a mês tenho aprendido a ter mais controle financeiro. Não tenho hábito de sair de casa para comer fora, evito ao máximo comprar bobagens no supermercado e me esforço para fazer investimentos na Renda Fixa. Aliás, em relação a gastos com alimentação, a ideia que eu tive este último mês foi sensacional. Eu tenho uma lista de compras semanal e somente aos sábados vou ao supermercado. Essa quantidade dá uma caixa de cheia de comida. E isso eu consumo durante toda semana, sem gastar nenhum centavo a mais e proibido de usar o cartão de crédito. 


Por incrível que pareça, a “caixa de comida” que eu abasteci no último sábado estava parcialmente cheia. Só precisei repor itens básicos como legumes e feijão. Isso tá dando muito certo. Em 2022, meus gastos com alimentação giraram em torno de R$ 800 a R$ 1.100 mensais. Já neste mês de fevereiro, até o momento, após a adoção da “caixa de comida”, não passou de R$ 300. Viu, só? Estou de parabéns. É tema de casa saber onde o dinheiro está indo para não perder o controle financeiro.


É. Vai passar. Tenho absoluta certeza disso!

Viver é sobre isso: espremer o coração para não criar expectativas no outro, dar atenção apenas a quem é recíproco, pagar as contas em dia para evitar dívida e principalmente respirar bem fundo.

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