#026... AFETOS

 

Eu e eu mesmo. Essa é a minha regra. Ou melhor, o meu normal. Passo todos os finais de semana sozinho. Não tenho filho, nem bicho de estimação. Muito menos macho me aporrinhando a paciência. Daí a melhor surpresa que posso esperar é o interfone tocar. Eu sempre acho que as pessoas certas aparecem quando é o momento. E assim, recebi a visita da minha mamãe.

Ela não conhecia ainda o Parque Ney Santos Arruda depois que o Círculo das Águas foi inaugurado. Então é pra lá que nós vamos! Ela enganchou no meu braço e fomos caminhando pela Júlio de Castilhos até a beira do rio.

Geralmente são os filhos que amam a comida de suas mães. No meu caso, por eu ser vegano, ela aprendeu a gostar da minha culinária. É minha fã número um. Ela ama Risoto de Brócolis e Guacamole. E eu adoro preparar. Fico tão contente quando tenho outra pessoa para compartilhar.


Ela passou o fim de semana comigo. Amei. Foi a melhor surpresa desde o começo do ano. Valeu a pena inclusive eu ter ido até a Rede Super buscar um ventilador pra ela. Trouxe no braço mesmo. Tava em oferta! Fomos e voltamos a baixo de sol, mas felizes por estarmos juntos.

Pensa num parto pra montar o dito cujo. Eu não tenho meu lado masculino muito desenvolvido. Não brincava de Lego quando era moleque. E confesso não saber trocar a resistência do chuveiro, nem a lâmpada quando queima.

Ela me trouxe ao mundo, desde sempre me protegeu. Foi difícil para ela entender, no começo, que eu sou homoafetivo. Se pra mim até hoje não caiu a ficha direito, imagina pra ela. Hahahahahaha. Mas foi sábia e forte para aceitar eu do jeito que nasci. Assim como minha outra irmã, que é lésbica. Depois dizem que raio não cai duas vezes no mesmo lugar!

Eu amo a minha mãe. E dedico esta homenagem a todas as mães. Vocês são verdadeiras heroínas em nossas vidas. Suas preocupações, conselhos, carinho e amor são inestimáveis. Vocês nos apoiam, nos orientam e nos ajudam a crescer e a nos tornarmos as melhores versões de nós mesmos. Seus sacrifícios muitas vezes passam despercebidos, mas saibam que cada gesto de amor e cuidado é muito valorizado e apreciado.


Tem coisas na vida que não tem preço. Um colo é uma destas coisas. A minha mãe me ouve. É com ela e para ela que recorro todas as vezes que o mundo me machuca. E choro junto dela. Ela me acalma e só por estar presente, me sinto aliviado.

Mãe, tua força e teu amor me dirigiram pela vida e me deram as asas que precisava para voar.


HUUUUUM... CHEF DE MICRO-ONDAS E OS DESTAQUES DA SEMANA


Feijão Moyashi. Descobri faz pouco tempo. Fácil de preparar e muito gostoso. Basta deixa-lo de molho, cozinha super rápido. No micro-ondas leva uma meia hora na potência máxima. E o melhor: rende bastante. Uma porção na Marinex dura 2 dias. Um punhado dele rende o dobro.


Guacamole. Sei que ainda não estamos na época dos abacates maduros, mas ganhei de presente e resolvi preparar o prato predileto da mamãe. É só amassar bem a fruta e depois acrescentar Sal do Himalaia, alho, tomate picado e algumas gotinhas de limão Tati.

 

Batata-doce ao molho de Carne de Soja. Fiz, gostei e tô compartilhando. Peguei 3 batatas-doces médias, piquei-as bem miudinhas, acrescentei um tomate pelado e Carne de Soja. Temperei com um leve toque de pimenta e alho. Deixei uma meia-hora no micro-ondas. Caramba! Ficou muito bom.


Por amor aos animais e ao meu corpo, escolhi o veganismo.


MAIS AMOR, MENOS MOTOR


O Parque Ney Santos Arruda é o meu lugar predileto pra sentar no fim da tarde e ler um bom livro. E nesta semana, para celebrar o “Dia Mundial da Água”, foi inaugurada a escultura inspirada na obra “Desliga a torneira de plástico”. É tempo de repensar nossos hábitos em relação ao meio ambiente. Desperdiçamos muita água, produzimos muito lixo e poluímos o ar.


Eu uso sacola de pano e me locomovo de bicicleta. Não tenho carro e não desejo ter. Dá pra viver sem agredir o planeta Terra. Basta cada um fazer a sua parte. A bicicleta é o meio de transporte mais limpo do universo. Ela é uma ótima companhia. Aproveitei hoje para ir ao Atacadão em Estrela fazer compras e calibrar os pneus no Posto Faleiro.



Minhas pernas, meu motor.


SE ARREPENDIMENTO MATASSE...


Liguei. Expliquei que não podia aceitar o convite. Desliguei. Caí no choro. Acordei como se tivesse sido só um pesadelo. Ele sabe que pode fazer o que quiser comigo. Se eu aceitar é fraqueza. Se eu recusar é orgulho. E se eu bloquear, não paro de pensar nele. Foda-se!

 

E vai dizer que tudo isso começou só porque ele é o cara mais legal que conheci na minha vida. Enxerguei algo que a mulherada ainda não viu. E se ele arrumar uma namorada, continuarei me autossabotando. Sinto um ciúme inexplicável. Queria ser mulher por apenas um dia só para ficar abraçado um pouco nele.


E assim ó: da parte dele falta “responsabilidade afetiva”. Ele não reconhece que cria expectativas em mim. Mas deixa assim, logo tô passando em mais um concurso público, indo pra bem longe e deixando apenas na lembrança esse sentimento que só existe dentro do meu coração.

Afeto sem reciprocidade é autossabotagem.


PODRÓGER: “NO FAP, ATÉ LOGO MÃO AMIGA


E na estreia do primeiro episódio do podcast, um estilo de vida sem pornografia e masturbação compulsiva. Será que rola?!


Eu me tornei meu próprio motivo para continuar!

*Se eu não desistir, próximo post dia 02 de abril.

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