A corrida entrou na minha vida em 22 de
abril de 2020, durante a pandemia, quando ainda morava em Porto Alegre. Na
época eu praticava os exercícios usando máscara. Pensa num maluco correndo
pelas ruas da capital. Hahahaha. E nessa brincadeira, lá se foi três anos de
uma paixão.
Eu não iria participar da Rústica do Meio
Ambiente deste ano. Outras prioridades surgiram no começo de 2023,
dentre as quais, minha mudança de endereço e provas de concurso público. Embora
sejam apenas 10 km, não gosto de apenas marcar presença. Sou uma pessoa bastante
competitiva em relação aos meus recordes pessoais. Superar limites é comigo
mesmo.
Diga-se de passagem, minha quinta prova. Até
hoje participei de duas rústicas de natal (2º lugar 30/34 em 2021 e 4º
lugar 30/34 em 2022), uma corrida do dia do trabalhador (3º lugar geral)
e duas rústicas do meio ambiente (1º lugar 30/34 em 2022 e 2º lugar 35/39 em 2023). Nunca
perdi um pódio sequer nas corridas que participei. E um detalhe: sem equipe,
sem planilha!
A prova foi realizada em 04 de junho, num domingo ensolarado e agradável.
Confira detalhes da prova em meu
perfil público do Strava: https://www.strava.com/athletes/51935821
Todo o preparo para a prova começou muito
antes do grande dia. Foram quatro trotes e quatro treinos fortes
para reconhecer o percurso. O pessoal da RCR de Venâncio Aires treinou
comigo em uma tarde de sexta-feira. Até meu pai se inscreveu e se
preparou. Foi uma experiência ímpar. No percurso de 10 km, os primeiros
quilômetros eram bem planos, enquanto os últimos apresentaram bastante
elevação.
A largada foi no Parque do Engenho, passando pelo Parque
dos Dick, seguindo pelo Parque Ney Santos Arruda, pegando a Bento
Rosa, quebrando entre o Parque do Imigrante e o Parque Histórico,
até o subidão da Alberto Muller em direção à UNIVATES e retornando pelo Hidráulica até o local da chegada.
O motivo
desta corrida é a minha causa de vida: o meio ambiente! Desejo que as pessoas
deixem o carro em casa e comecem a pedalar. É muita poluição. Sem contar o lixo
que ninguém separa, as tias que lavam calçada com mangueira, o consumo de carne
que está causando desmatamento da Amazônia. Aff! Que raiva me dá dos
outros nesta hora. Ninguém ouve, quase todos cúmplices. Daí, como se não
bastasse, os políticos aprovando o Marco Temporal que vai acabar com as terras indígenas.
É, o apocalipse chegou!
Hoje existe energia solar, já tão fazendo
carro elétrico! As desculpas estão cada vez menos
justificáveis. Até na alimentação já tem como viver bem belo sem explorar os
animais sendo vegetariano ou vegano. Então?! Eu fico loucooooooo. Quer me ver
puto é atacar o meio ambiente!
Mas vamos lá: já que ninguém me ouve e
não dá bola pras coisas que eu escrevo, pelo menos me enxergam no pódio. Usei
uma regata para lembrar o “veganismo”. É, vamos lá. Já desisti de arrumar um
marido atleta e vegano. Quando aparece é hétero e vegetariano. É muito azar!
Agora vou dar um tempo. Em 2023 não pretendo
participar de outras provas. Desinstalei o Strava do celular. Quando sobrar
tempo vou correr um pouco, levantar um ferro na academia ou pedalar até o
Atacadão de Estrela pra buscar feijão vegano.
“Há outros pódios que estão além da corrida.”
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